sábado, 4 de outubro de 2008

Museu da Língua Portuguesa


O museu da língua portuguesa tem por finalidade buscar as origens da nossa língua, logo no inicio uma apresentação em um telão mostra pessoas de diversas regiões do planeta falando em suas línguas, com imagens, palavras e narração explicando a história da língua universal.
Logo após a apresentação os visitantes passam para um salão e sentam-se nas laterais assistindo trechos de poemas e textos de poetas e escritores que marcaram a literatura brasileira, o detalhe é que tudo passa pelas paredes e teto, num silêncio apenas as palavras soltas levando os visitantes a uma reflexão. No chão do salão também tem textos e trechos de poesias em pequenos quadrados.
Após a esta verdadeira apresentação multimídia passamos por uma das partes mais interessantes do museu, um lugar onde em uma parede de uns 15 metros (aproximadamente) podemos ver fotos e histórias da literatura brasileira, de um outro lado a história da chegada dos portugueses ao Brasil , histórico da linguagem dos escravos chegando até ao que é o nosso português atual, também mostra a história da imprensa no Brasil com fotos e arquivos dos primeiros jornais e folhetins, se o visitante preferir ouvir a história o museu dispões de computadores que possuem gravações contando as mesmas histórias que estão na parede do local.
Atualmente o museu apresenta uma homenagem a Machado de Assis com textos originais, histórias do escritor , chapéus suspensos com alto falantes que narram poesias de Machado de Assis, além de contar com alguns móveis que pertenceram ao escritor.
O museu é totalmente interativo já que a língua se trata de um bem imaterial nada mais certo que utilizar da tecnologia para promover o conhecimento, diferente dos antigos museus que apenas expõem relíquias e antigos objetos o museu da língua portuguesa difere-se de qualquer outro museu nacional e internacional, um museu que inovou no quesito acervo virtual chamando a atenção de todos no país e até no exterior.
Inaugurado em março de 2006 o museu já teve mais de 800 mil visitantes desde sua inauguração (segundo o site), contou com uma equipe de criação de 30 pessoas entre sociólogos, museólogos, especialistas em língua portuguesa e artistas, todos sobre orientação da fundação Roberto Marinho.
Após a exposição Machado de Assis o trajeto no museu nos leva a uma sala cheia de pufes e vários telões onde cada telão expõe um trecho de uma mesma narração , fazendo com que o visitante fique confuso em relação a qual dos telões começa a história e qual termina, após o encerramento da exposição Machado de Assis o museu irá trazer o tema “Tesouros de Gilberto Freyre”, outro diferencial, além das exposições fixas o museu traz exposições temporárias o que chama a atenção para que os visitantes possam retornar e sempre ver alguma novidade.
O museu é dedicado a valorização e difusão do nosso idioma, apresenta uma forma expositiva diferenciada das demais instituições museológicas do país e do mundo usando tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seu conteúdo.
Sem dúvidas um museu que vale a pena conferir nos fazendo refletir a importância do nosso idioma com esse contato direto aos gênios de nossa literatura, e nos mostrando o quanto o nosso vocabulário é rico e bonito, mas infelizmente atualmente muitos fazem questão de acabar com a nossa língua usando gírias grotescas e não dando a devida atenção que a nossa língua merece.

Fotos: Google






Visita ao Museu da TV em São Paulo


O museu da TV conta com um acervo de arquivos pessoais, discos (Lps), Dvd’s, fitas de rolo, fitas K7, fitas VHS, jornais, livros e revistas. O acervo de fitas apresenta depoimentos de pioneiros e profissionais e podem ser visualizados no site Pró TV.

Para os visitantes logo na entrada existe um corredor estreito com diversos modelos de aparelhos de televisão antigos, em outra sala o museu abriga o primeiro modelo de televisão que veio ao Brasil, parece um armário baixo de duas portas, que quando abertas mostram a TV, realmente muito diferente das atuais.
Um instrutor faz referências ao histórico da TV relembrando a TV TUPI, EXCELSIOR, GLOBO e como eram feitos os programas da década de 50. O museu possui poucos equipamentos, (relíquias), pois sobrevive de doações entre elas vimos medalhas comemorativas dos 20 anos da TV TUPI, um equipamento de edição em vídeo doado pela jornalista Ana Paula Padrão e um equipamento de áudio que também era usado antigamente para edições.Nas paredes pequenos textos de atores e profissionais da TV que passaram por lá e deixaram seus recados à atriz Vida Alves, presidente e idealizadora do museu.
No atual museu a história da TV é contada através de imagens e textos nas paredes, e no piso inferior temos um histórico de programas infantis e seriados com fotos do Bozo, Fofão, Xuxa, Angélica, Mara maravilha e Chaves.
Na sede há um acervo de mais de 2800 fotos, equipamentos, figurinos de teleteatros e séries, como exemplo a roupa do “Capitão 7”, da Record, além dos televisores e o acervo audiovisual que conta com os depoimentos de atores e profissionais, estes arquivos audiovisuais foram todos gravados pela própria Associação.
Vida Alves afirma que além de ser museu da TV é também do rádio e novas mídias acompanhando a atualidade.No site Pró TV também existe a explicação de que estes arquivos e materiais são inspiração para um novo projeto que visa a implantação de um Centro de memória onde exista sala da TV , sala do rádio , sala de figurinos, fatos históricos, departamentos voltados a segmentação da TV em geral e teatro.
O museu da TV tem sua sede na Rua Vargem do Cedro, 140 no bairro Sumaré em São Paulo e se tudo seguir conforme os planos da presidente e seus colaboradores em breve mudarão de endereço tornando-se um centro de memória mais completo e aberto para públicos maiores.

Visite o site http://www.museudatv.com.br

Veja as Tvs que fizeram história, estas não são do Museu da Tv mas vale a pena conferir:
1928


Parece uma cafeteira mas é uma TV de 1936

1950





Zenith-G2355 12 polegadas

Resumo crítico do livro "Sobre a Televisão" de Pierre Bourdieu


No livro “Sobre a televisão” Pierre Bourdieu faz uma crítica aos jornalistas, mas em especial aos televisivos, mesclando entre o telejornalismo e política. Descreve o mix que compõe a televisão e a fórmula da busca por audiência com suas manipulações.
Pierre Bourdieu faz comentários que nos levam a uma reflexão, pois ao mesmo tempo em que mostra o poder da mídia e como tudo é manipulado, não está diretamente responsabilizando os jornalistas ou políticos, mostra que o poder é da própria televisão, os jornalistas estão associados para gerar uma reflexão num contexto geral do quanto as coisas são feitas de forma quase que “inconscientes” em uma medida que vai além do poder político ou econômico.
Sobre a televisão discorre sobre a forma que a própria TV achou por busca de audiência, como se a TV acompanhasse o ritmo e a mentalidade de seus telespectadores, ou seja adaptando-se ao perfil de quem assiste, seguindo nesse raciocínio entende-se que os jornalistas, produtores e diretores inconscientemente anulam seus próprios valores e idéias em busca do que irá trazer audiência, mostrando que a televisão mostra a visão de mundo do jornalista, mas a visão de mundo do jornalista já está de certa forma moldada aos padrões do que é comercial, Bourdieu ao mostrar que a televisão segue um padrão feito para a grande massa também discorre sobre as mudanças culturais e o quanto a televisão foi ficando mais banalizada, preocupando-se com o que teoricamente seria a preocupação do seu telespectador, opinando de uma forma que para quem assiste concorde com o ponto de vista mostrado na TV, ou a grande maioria.
O livro revela a importância de conhecermos as limitações e censuras do meio jornalistico que é dominante comparado a produções culturais, a mensagem nos mostra o quanto somos vulneráveis ao que se passa na TV , esclarece a televisão como um veículo comercial que tem por interesse apenas criar conceitos e tendências a fim de fazer com que todos concordem e acreditem naquilo que a TV quer, e não apenas conceitos com intenção benigna mas sim com a idéia de fazer com que o telespectador assista , compre e espalhe aos outros o que vê na TV quase que como verdade absoluta.
Se pensarmos na atualidade a TV é exatamente isso, nada é feito de forma independente, as noticias são programadas e planejadas, o jornalista não da a sua opinião e sim aquilo que lhe é imposto, ou seja jornalistas da TV não tem liberdade de expressão absoluta, seguem padrões e não fogem do roteiro.
Além do livro abordar a televisão de uma forma diferenciada, pois mostra o invisível, o abstrato, nos faz refletir aos caminhos que a nossa sociedade trilha, e se a televisão é de certa forma um reflexo da sociedade e da cultura atual para atrair a grande audiência, no nível de programação que possuímos atualmente devemos refletir sobre o quanto nossos valores se perderam já que a própria televisão além das banalidades e baixarias ainda forma a opinião da grande maioria.