sexta-feira, 30 de maio de 2008

UMA BANDA DE UM HOMEM SÓ



Se alguém já ouviu a música Exército de um homem só, já deve ter percebido que Engenheiros do Hawaii é uma banda de um homem só. Desde seu inicio a banda já trocou de integrantes várias vezes e toca até hoje com o mesmo vocalista, Humberto Gessinger, ou seja a banda de um homem só..
Embora todos conheçam apenas Piano bar , refrão de bolero, ou Toda forma de poder, a banda tem inúmeras canções muito boas, como a versão de Negro amor que se não me falha a memória ficou famosa na voz de Elis Regina.
A origem do nome Engenheiros do Hawaii se deu pelo fato de todos os integrantes da primeira formação cursarem Arquitetura na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e terem em comum a antipatia pelos alunos do curso de engenharia, segundo o próprio Humberto Gessinger numa entrevista em um programa de rádio no RS, os alunos de engenharia vestiam-se como surfistas numa cidade que sequer tinha praia e pagavam de californianos pelos corredores da Univesidade.
Humberto Gessinger poderia ser considerado um arquiteto das composições, com letras inteligentes que nos fazem refletir, como exemplo Somos quem podemos ser, onde em algumas frases como "um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão" a música toda se refere a contar que quem comanda é o poder, e que nessa descoberta várias percepções de mundo se abriram.
Bom só um exemplo citado em alguns livros de portu^guês referindo-se a metáforas e comparações, mas é lamentável ver que bandas tão boas e que nos acrescentam no dia a dia desapareçam e só sejam lembradas´pelas mesmas canções, e para relembrar músicas desconhecidas coloco aqui algumas das minhas preferidas que poucos conhecem fora do RS.

Terra de gigantes


Somos quem podemos ser


Simples de coração


Ando só


Encontrei uma entrevista bem interessante RSRS

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Pink Floyd...

Comfortably Numb

Hey You

Mother

On The Turning Away

Wish You Were Here


Dispensam comentários..

domingo, 25 de maio de 2008

Avião não caiu, caiu a moral!

Como um incêndio virou a queda de um avião?
Nos últimos dias grandes portais como Terra e Ig deram a notícia que um avião da Pantanal havia caido em um prédio em Moema, e tudo não passou de um incêndio. Pra que exigem tanto dos profissionais e nos cobram tanto na prática a apuração? Quando li os artigos sobre o assunto e diga-se de passagem sairam vários não consegui acreditar como esses portais e até a Globo News deram essa mancada, se fosse no meu blog postar alguma notícia furada sem apuração até vá lá , não sou nenhum Bonner do jornalismo, mas eles...
Isso tudo só prova que atualmente os jornalistas não saem do computador, e olha que quando cogitei a hipótese de entrar em um curso de jornalismo, o que eu achava mais interessante era ver esses jornalistas que saem pra rua, entrevistam, fazem viagens horríveis de carro, se sujam, trocam pneu furado, estão na rua, são curiosos e vão até o fim num caso antes de concluirem.
Esta disputa de audiência transformou os portais num recanto para internautas, tudo bem que muitas notícias podem sair boas mesmo que feitas todas as apurações por telefone, email, msn mas no caso do avião que não caiu, para mim caiu foi a moral desses famosos portais.
Até me imaginei trabalhando numa dessas redações: _ Olá vc é o seu João? Mora em Moema? O que aconteceu aí? _É.. bem tem muito fogo, acho que caiu um avião! _Peraee!! O Sr acha ou tem certeza? Caiu avião ou não caiu? De onde surgiu a Pantanal na história? Quanta distorção, sem escrupulos qualquer coisa que se diga e for dar um booom vai pro ar?
O que mais aprendi na faculdade é que jornalista não sabe de nada, mas conhece alguém que sabe, e aí quem da Globo News conhecia alguém que viu um avião da Pantanal cair em Moema?? Quem foi essa fonte tão importante, tão burra e sensacionalista?
Daqui a pouco uma chuvinha vai pro ar como um maremoto, uma britadeira no centro da cidade vai ser um terremoto, uma briga de torcidas vai sair como a terceira guerra mundial...
Em quem eu confio? Em que imprensa devemos confiar? Não sei mais. Será que tudo o que eu leio nos portais tem fundamento? Se abrir o G1, o Terra, Estadão, Folha Online vejo as mesmas notícias, de quem foi a matéria? Quem foi a pessoa que entrevistou, apurou, pesquisou? Posso começar a acreditar que todas as notícias são feitas por uma pessoas só e o resto é CTRL C CTRL V.
Não ficaria tão revoltado se a barriga fosse sobre algo fútil, mas envolver a infraero, a Pantanal, o sentimento de parentes de quem estivesse em algum avião da empresa, isso não tem perdão. Que todos os que mereçam sejam processados, e que todos esses portais passem por um pente fino, se for pra encher redação de gente incompetente então que só contratem focas, agora o que não pode é os principais veículos do nosso país ficarem disputando notícia como se fosse a novela das 8.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

OS SETE PECADOS CAPITAIS


Certo dia, um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas
pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões,
marido e mulher ficaram assustados, mas um homem forte e
saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos
em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? - pergunta a mulher.
- Eu sou a Preguiça - responde o homem másculo.
- Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair
definitivamente da vida de vocês.
- Como pode você ser a preguiça se tem um corpo de atleta
que vive malhando e praticando esportes? - indagou a mulher.
- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros
dos preguiçosos, com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada, que mais
parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a Luxúria.
- Não é possível! - diz o homem - Você não pode atrair ninguém
com essa feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria, queridos. Sou velha porque existo
há muito tempo entre os homens; sou capaz de destruir famílias
inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte.
Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
E um mal-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que
mais parecia um mendigo, diz:
- Eu sou a Cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos
abandonaram famílias e pátria; sou tão antigo quanto a Luxúria,
mas eu não dependo dela para existir.
- E eu, sou a Gula - diz uma lindíssima mulher com um corpo
escultural e cintura finíssima.
Seus contornos eram perfeitos e tudo no corpo dela tinha
harmonia de forma e movimentos.
Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz:
- Sempre imaginei que a gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam! - responde ela. - Sou bela e
atraente, porque se assim não fosse seria muito fácil
livrarem-se de mim.
Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem
tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a
ajudar na busca da luxúria.
Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também
velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e
movimentos suaves, diz:
- Eu sou a Ira.
Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também.
Não sou homem, nem mulher, assim como meus companheiros
que estão aqui.
- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a
dona da casa.
- E a grande maioria me tem! - responde o vovô.
- Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem
cidades quando me aproximo.
Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim,
posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas
casas. Mostro-me calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira
pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar
contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando
úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a Inveja.
Faço parte da história do homem desde a sua criação,
- diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de
diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino
pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como inveja, se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja?
- diz a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são
famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos.
A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a
felicidade. Felicidade depende de amor, e isso é o que de mais
carece a humanidade... Onde eu estou, está também a Tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que
aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela casa.
Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças,
sua face de delicados traços mostravam a plenitude da
jovialidade, olhos vívidos...
E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a
personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
- Eu sou o Orgulho.
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança?
Tão inocente como todas as outras. O semblante do garoto
tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz:
- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e
inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto
todos aqui, quer brincar comigo?
A Preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de
suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações.
Dez minutos depois retornam.
- E então? - pergunta a Gula.
- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois
queria continuar ali.
Porém, respeitando a decisão dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto quando
o homem da casa pergunta:
- Ei! Vocês vão embora também?
O Menino, agora com ar severo e com a voz forte de um
orador experiente, diz:
- Escolheram que o Orgulho saísse de suas vidas e fizeram a
melhor escolha. Porque onde não há orgurlho, não há Preguiça,
pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada
fazer para viver ... não percebendo que na verdade vegetam.
Onde não há orgulho não há luxúria, pois os luxuriosos
têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores.
Onde não há orgulho, não há cobiça, pois os cobiçosos
têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros
na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que
na verdade são instrumentos do dinheiro.
Onde não há orguho, não há gula, pois os gulosos se orgulham
de suas condição e jamais admitem que o são, arrumam
desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade
são marionetes dos desejos.
Onde não há orgulho, não há ira, pois os irosos com facilidade
destroem aqueles que, segundo o próprio julgamento,
não são perfeitos, não percebendo que na verdade sua ira é
resultado de suas próprias imperfeições.
Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos
sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio seja ele
qual for; precisam constantemente superar os demais nas
conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas
da insegurança.
Saíram todos sem olhar para trás, e, ao baterem a porta,
um fulminante raio de luz invadiu o recinto.
O casal desintegrou-se...
Dizem que viraram Anjos!

AUTOR DESCONHECIDO

quinta-feira, 22 de maio de 2008

FÁBULA DOS PORCOS ASSADOS



A Fábula dos porcos assados

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.
Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: ás vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas.
Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferencias passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam se os congressos, seminário e conferencias.
As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas a indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou a inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda as arvores, excessivamente verdes, ou a umidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.
As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores noturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia especialista também em ventos - os anemotecnicos. Havia um diretor geral de assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas.
Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.
Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores arvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, alem de mecanismos para deixa-los sair apenas no momento oportuno.
Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos etc.
As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direção oposta a do vento, de forma a direcionar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.
Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.
Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o diretor geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe: "Tudo o que o senhor disse esta muito bem, mas não funciona na pratica. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotecnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?". "Não sei", disse João. "E os especialistas em sementes? Em arvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas maquinas purificadores automáticas de ar?". "Não sei". "E os anemotecnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao pais? Vou manda-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano tem trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado. "O senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução ha muito tempo atrás? O senhor, com certeza, compreendem que eu não posso simplesmente convocar os anemotecnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas arvores não dão frutos e nem tem folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?". "Não sei, não, senhor". "Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades cientificas do mais extraordinário valor?". "Sim, parece que sim". "Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o pais?" "Não sei". "Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotecnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transforma-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!". "Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João. "Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por ai que pode resolver tudo. O problema é bem mais serio e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".
João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "a". Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu.


Autor desconhecido ou ignorado

UMA MODESTA PROPOSTA


Zero Hora
Uma modesta proposta (23/10/03)
Luís Fernando Verissimo
Crônica Argumentativa

O Brasil já fez reforma agrária — dos outros. Muitos dos imigrantes que vieram no século dezenove estavam, nos seus países, na mesma situação dos atuais sem-terra no Brasil. Eram os excedentes de uma estrutura fundiária perversa, sem uma estrutura industrial que os absorvesse. Itália, Alemanha, etc., fizeram a sua reforma com a nossa terra, mas não podemos esperar que nos devolvam o favor. Não existem outros brasis no mundo para receber os sem-terra, já que este está ocupado. Se houvesse, poderíamos incluí-los na nossa pauta de exportações. Depois dos ciclos do café etc., o ciclo dos desesperados. Só teríamos de cuidar para que este ciclo não repetisse os outros.
Fomos os maiores produtores de açúcar do mundo. Não somos mais. O que sobrou do ciclo do açúcar foram usineiros vivendo até hoje de subsídios mas não exportando açúcar. Já produzimos borracha como ninguém. Não produzimos mais. Depois veio o café. Abastecíamos o mundo inteiro de café, sem concorrência. Isso também acabou. Depois veio a bossa-nova. Dominamos o mercado mundial até os bateristas americanos aprenderem a batida. Hoje não precisam mais de nós. A lambada parecia que ia nos redimir. Os franceses a encamparam, depois a esqueceram. Hoje exportamos jogadores de futebol, modelos gaúchas e soja. Poderíamos exportar desesperados. A produção não pára de crescer.

Mas como não há mercado para eles, deveria-se pensar numa alternativa mais radical. Há uns trezentos anos o escritor Jonathan Swift sugeriu aos irlandeses que comessem seus bebês. Ajudaria a diminuir a fome e ao mesmo tempo resolveria o problema da superpopulação no país. No mesmo espírito, e já que a nossa estrutura fundiária não só não muda como partiu para o revide com cobertura da Justiça, no campo eles são supérfluos e na cidade eles não têm empregos e não há outra saída, os sem-terra deveriam ser convencidos a se suicidar. O suicídio coletivo seria um gesto patriótico que daria paz aos campos, sossego aos latifundiários e alívio ao governo. E, ainda por cima, um pedaço de terra para cada um.

LIXO (Luís Fernando Verissimo)

“Lixo”, por Luis Fernando Verissimo
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam
— Bom dia…
— Bom dia.
— A senhora é do 610.
— E o senhor do 612.
— É.
— Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente…
— Pois é…
— Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo…
— O meu quê?
— O seu lixo.
— Ah…
— Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena…
— Na verdade sou só eu.
— Mmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
— É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar…
— Entendo.
— A senhora também…
— Me chame de você.
— Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim…
— É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra…
— A senhora… Você não tem família?
— Tenho, mas não aqui.
— No Espírito Santo.
— Como é que você sabe?
— Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
— É. Mamãe escreve todas as semanas.
— Ela é professora?
— Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
— Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
— O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
— Pois é…
— No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
— É.
— Más notícias?
— Meu pai. Morreu.
— Sinto muito.
— Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
— Foi por isso que você recomeçou a fumar?
— Como é que você sabe?
— De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
— É verdade. Mas consegui parar outra vez.
— Eu, graças a Deus, nunca fumei.
— Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo…
— Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
— Você brigou com o namorado, certo?
— Isso você também descobriu no lixo?
— Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
— E, chorei bastante. Mas já passou.
— Mas hoje ainda tem uns lencinhos…
— É que eu estou com um pouco de coriza.
— Ah.
— Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
— É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
— Namorada?
— Não.
— Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
— Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
— Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
— Você já está analisando o meu lixo!
— Não posso negar que o seu lixo me interessou.
— Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
— Não! Você viu meus poemas?
— Vi e gostei muito.
— Mas são muito ruins!
— Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
— Se eu soubesse que você ia ler…
— Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
— Acho que não. Lixo é domínio público.
— Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
— Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que…
— Ontem, no seu lixo..
— O quê?
— Me enganei, ou eram cascas de camarão?
— Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
— Eu adoro camarão.
— Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode…
— Jantar juntos?
— É.
— Não quero dar trabalho.
— Trabalho nenhum.
— Vai sujar a sua cozinha.
— Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
— No seu lixo ou no meu?

EXTRAÍDO DO LIVRO O ANALISTA DE BAGÉ.

VOCÊ É UM BOM OU MAU LEITOR?

O BOM LEITOR:
O bom leitor lê rapidamentee entende bem o que lê. Tem habilidades e hábitos como:
1.Lê com objetivo determinado.
Ex: aprender certo assunto, repassar detalhes , responder as questões.
2.Lê unidades de pensamento.
Abarca, num relance , o sentido de um grupo de palavras. Relata rapidamente as idéias encontradas numa frase ou num parágrafo.
3.Tem vários padrões de velocidade.
Ajusta a velocidade da leitura com o assunto que lê. Se lê uma novela, é rápido. Se livro ciêntífico para guardar detalhes, lê mais devagar para entander bem.
4.Avalia o que lê.
Pergunta-se frequentemente: Que sentido tem isso para mim? Está o autor qualificado para escrever tal assunto? Está ele apresentando apenas um ponto de vista do problema? Qual é a idéia principal deste trecho? Quais seus fundamentos?
5.Possui bom vocabulário.
Sabe o que muitas palavras significam. É capaz de perceber o sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionários e o faz frequentemente para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno.
6.Tem habilidades para conhecer o valor do livro.
Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma um livro é indagar de que se trata, através do título, dos subtítulos encontrados na página de rosto e não apenas na capa. Em seguida lê os títulos do autor. Edição do livro. Índice. "Orelha do livro". Prefácio. Bibliografia citada. Só depois é que se vê em condições de decidir pela conveniência ou não da leitura.Sabe selecionar o que lê. Sabe quando consultar e quando ler.
7.Sabe quando deve ler um livro até o fim, quando interromper a leitura definitivamente ou periódicamente.
Sabe quando e como retomar a leitura, sem perda de tempo e da continuidade.
8. Discute frequentemente o que lê com colegas.
Sabe distinguir entre impressões subjetivas e valor objetivo durante as discussões.
9.Adquire livros com frequência e cuida de ter sua biblioteca particular.
Quando é estudante procura os livros de texto indispensáveis e se esforça em possuir os chamados clássicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de periódicos científicos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe a aquisição dos chamados "compêndios".Tem o hábito de ir direto as fontes, de ir além dos livros de texto.
10.Lê assuntos vários.
Lê livros, revistas, jornais. Em áreas diversas: ficção, ciência, história etc. Habitualmente nas áreas de seu interesse ou especialização.
11.Lê muito e gosta de ler.
Acha que ler traz informações e causa prazer. Lê sempre que pode.
12.O BOM LEITOR é aquele que não é só bom na hora da leitura.
É bom porque desenvolve uma atitude de vida: é constantemente bom leitor. Não só lê mas sabe ler.

O MAU LEITOR:
Lê vagarosamente e entende mal o que lê. Tem hábitos como:
1.Lê sem finalidade.
Raramente sabe porque lê.
2.Lê palavra por palavra.
Pega o sentido da palavra isoladamente.
Esforça-se para juntar os termos para poder entender a frase. Frequentemente tem de reler as palavras,
3. Só tem um ritmo de leitura.
Seja qual for o assunto, lê sempre vagarosamente.
4.Acredita em tudo que lê.
Para ele tudo o que é impresso é verdadeiro.Raramente confronta o que lê com suas própria experiências ou com outras fontes.Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.
5. Possui vocabulário limitado.
Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma frase para pegar o sentido de uma palavra difícil ou nova. Raramente consulta o dicionári. Quando o faz, atrapalha-se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definição das palavras e em escolher o sentido exato.
6.Não possui nenhum critério técnico para conhecer o valor do livro.
Nunca ou raramente lê a página de rosto do livro, índice, o prefácio, a bibliografia etc.,antes de iniciar a leitura.Começa a ler a partir do primeiro capítulo. É comum até ignorar o autor, mesmo depois de de terminada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre leitura e simples consulta.Não consegue selecionar o que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspecto material do livro.
7.Não sabe decidir se é conveniente ou não interromper uma leitura.
Ou lê o livro todo ou interrompe sem critério objetivo, apenas por questões subjetivas.
8.Raramente discute com colegas o que lê.
Quando o faz, deixa-se levar por impressões subjetivas e emocionais para defender um ponto de vista. Seus argumentos, geralmente, derivam da autoridade do autor, da moda, dos lugares-comuns, das tiradas eloquentes, dos preconceitos.
9.Não possui biblioteca particular.
As vezes é capaz de adquirir "metros de livros" para decorar a casa.É frequentemente levado a adquirir livros secundários em vez dos fundamentais. Quando estudante só lê e adquire compêndios de aula. Formado, não sabe o que representa o hábito das "boas aquisições" de livro.
10.Está condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto.
11.Lê pouco e não gosta de ler.
Acha que ler é ao mesmo tempo um trabalho e um sofrimento.
12. O MAU LEITOR não se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral. É constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistência ao hábito de saber ler.

EXTRAÍDO DE: SALOMON, DÉLCIO V. COMO FAZER UMA MONOGRAFIA. SÃO PAULO:MARTINS PONTOS.1996

quarta-feira, 21 de maio de 2008

CLÁSSICAS DO CIDADÃO QUEM (SÓ PRA QUEM CURTE)

PINHAL

Foi no dia
Em que eles se encontraram
Na praia do Pinhal
Que ela olhou pra ele
E disse baby
Não me leve a mal
Ele sempre foi
Um cara desses
Que estuda demais, demais
Procurando encontrar
A solução pra tudo
Com muita paz

(Refrão)
E agora o Pinhal
Não tem mais
A gente lá
Eu volto pra lembrar
Que a gente cresceu
Na beira do mar

Ela se formou
Há pouco tempo
E quem tocou na formatura
Fui eu
Ele faz meditação no parque
A procura do seu eu
Quando tenho tempo
Dou uma passada lá
Pra ver como estão, como estao
Se estou na Zona Norte
Pego a Estrada do Forte
Pro meu irmão



DIA ESPECIAL (CLIPE)



AO FIM DE TUDO
Minhas lágrimas não caem mais
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta e traz o vazio de viver e só
Se alguém encontrou um sentido pra vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo
Transformando o silêncio que até então é mudo
Naquela canção que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala
Frente ao tempo que não para
Frente a nossa lucidez...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O CAOS DO TRÂNSITO EM SÃO PAULO


O número é alarmante 6 milhões de veículos transitam por São Paulo diariamente, levar 1 ou 2 horas para chegar ao trabalho é rotineiro para milhões de paulistanos, e então agora eis que surge uma preocupação com o problema, engenheiros, urbanistas e políticos põe em pauta esse assunto que precisa de mais atitude.

Algumas cidades que, assim como São Paulo também sofrem com os problemas no trânsito:

Bangcoc, na Tailândia,Pequim e Xangai, na China, Cairo, no Egito, Calcutá e Chennai, na Índia, Jacarta, na Indonésia e Cidade do México, no México.

Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos, em 1970, São Paulo tinha 14 mil km de vias públicas. No início de 2007, eram 15,5 mil km de ruas a avenidas. Enquanto isso, a frota paulistana passou de 900 mil veículos em 1970 para 5,9 milhões em 2007.

Atento a isso o Jornal Nacional fez uma matéria que passou hoje, onde abordou o tema e mostrou cidades modelo como Curitiba, após o jornal o urbanista da Universidade de São Paulo (USP) debateu soluções para o trânsito e o transporte no Brasil num chat no www.g1.com.br/jornalnacional :


Moderador apresenta a mensagem enviada por Darlan: 6 milhões de veículos é um número alarmante, se atualmente as pessoas estão conseguindo adquirir carros com mais facilidade, como um projeto voltado ao transporte público irá convencer a população a deixar o carro em casa?

Cândido Malta responde para Darlan: Exatamente nisso que estou trabalhando hoje. Estamos desenvolvendo um estudo que visa fazer uma mudança no plano diretor da cidade. Já temos idéias maduras que orientam o trabalho. Temos que oferecer o transporte público de qualidade, mas não pode ser os ônibus. Ele tem que ser subterrâneo, o metrô. Outros medidas que também se cogitam como o rodízio de caminhões, que prevê a retirada diária de 20% dos caminhos que trafegam. Mas essa solução tem fôlego de cinco meses. Outras medidas que também se prevêm são a sincronização melhor do faróis; existe também o rodoanel.


Moderador apresenta a mensagem enviada por murilo: O sistema implantado no centro de Londres, onde o motorista paga uma taxa para circular, o senhor crê que funcionaria no Brasil?

Cândido Malta responde para murilo: Lá em Londres, eles pagam 8 libras, o que siginica 12 dólares. Estou pensando em cobrar isso aqui em 1 dólar. Temos que comçar com um valor que se possa fazer. Na verdade, eles substiriam o \'pedágio oculto\' que é o desgaste do seu carro, combustível, além do stress que provoca em você.


Moderador apresenta a mensagem enviada por leo_petropopolis: como o convidado avalia a questão de radares no trânsito da cidade?

Cândido Malta responde para leo_petropopolis: Os radares são um sistema de fiscalização. Obedeço as regras de trânsito, mas já fui pego pelo radar. Ele influecencia no trânsito dependende do velocidade que seja a permissão. O que temos que discutir é a velocidade máxima do radar, não a idéia dele em si.


Moderador apresenta a mensagem enviada por augusto: Faixas seletivas para ônibus é táxi ajudam realmente a desadofar o trânsito?

Cândido Malta responde para augusto: Sem dúvida. Na faixa seletiva, você aumenta bastante a capacidade do sistema ônibus. Mas ela só consegue ser implementanda onde exista uma largura de rua que permita. Em muitos lugares seria a necessidade de uma reforma viária. A situação está muito crítica e o problema é difícil de resolver. Chamando a atenção que em Paris, os bairros têm uma malha de metrô que você não anda mais do que 250 metros para chegar a uma estação. Em um sistema como esse você vai a pé e evita esses problemas.


Moderador apresenta a mensagem enviada por Bruno: Não seria uma solução para o problema de trânsito, não só paulista, mas brasileiro, o investimento na malha ferroviária do país que é tão pequena? Isso diminuiria o tráfego lento de carretas e caminhões, além de conservar as estradas e rodovias.

Cândido Malta responde para Bruno: Sem dúvida. Abandonamos as rodovias muito rapidamente. Mesmo nos EUA, onde a malha é menor que Europa, eles mantém linhas importantes. Em São Francisco, tem um trem que liga o centro histórico à cidade de San José e que passa por várias outras cidades. Aqui no Brasil nós temos a proposta de enterrar o trem. Eles têm que ser valorizados. O Trem-bala tem que acontecer. Tudo indica que ele precisará a ser subsidiado, mas ele ajudará nessa obstrução diário.


Veja o chat na integra:http://is.gd/heW

Conheça alguns artigos sobre trânsito: http://is.gd/heX

CONHEÇA VACARIA


No século XVI, missionários jesuítas iniciaram a colonização da região espalhando o gado trazido das Missões pelas extensões desertas conhecidas como "Baqueria de los Piñales".Disputas com índios guaranis, marcaram a história da região antes que fosse consolidado o Caminho dos Tropeiros, ligando a região do Prata com o Brasil. No século XIX, os campos de Vacaria voltariam a ser palco de grandes batalhas, desta vez entre soldados imperiais e farroupilhas.
A ecônomia é baseada na pecuária, agricultura,floricultura, fruticultura e transporte rodoviário.É o maior produtor de maçã no Rio Grande do Sul e segundo do país, além de outras frutas como amora, framboesa e morango.
Sede do Rodeio Crioulo Internacional, uma das mais importantes manifestações folclóricas e culturais gaúchas, Vacaria possui outras interessantes atrações, como a histórica Fazenda do Socorro e a Catedral de Pedra de Nossa Senhora da Oliveira.
Além das belezas naturais, também possui outros atrativos culturais, o museu Municipal, o atelier livre, mercado público, o centro de artesanato e a Casa do povo, única obra do arquiteto Oscar Niemeyer no Rio Grande do Sul.

A casa do povo sempre foi cenário de eventos culturais das escolas, com peças de teatro, shows de músicos locais,encontro de assossiações, igrejas, churrascos, eventos beneficentes, e principalmente palanque de políticos, infelizmente está a anos interditada, muitos dizem que isso se deu por motivos políticos, já que o projeto foi de autoria do prefeito Marcos Palombini, o mesmo alega que reformas bastariam, enquanto o prefeito atual José Aquiles Susin acredita que tombar o local seria a melhor solução, para os adeptos de Palombini tombar o local significa querer manchar a imagem de um dos poucos prefeitos que realmente trouxe bons projetos para Vacaria.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL219985-5598,00.html
Vacaria no wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vacaria
Prefeitura: http://www.vacaria.rs.gov.br/
Galeria de fotos: http://www.flickr.com/search/?q=vacaria&w=all

O MUNDO JÁ ACABOU, ISSO TUDO É UMA ILUSÃO


Essa frase era muito dita por um radialista de Porto Alegre, e não posso deixar de concordar com ele, a cada dia vejo mais e mais exemplos.
Você já parou para pensar que dentre os milhares de problemas sérios que existem no mundo os nossos são meras mesquinharias?
Posso estar preocupado com o meu futuro profissional, mas já tenho um trabalho, andando pela rua preocupado em como resolver aquele problema no trabalho passo por um cara que está acordado desde às 04:00 da manhã vendendo café e bolo perto do ponto de ônibus, entro no ônibus e sobe mais um cara vendendo chocolate e chiclete, desço do ônibus e um mendigo me pede uns trocados ou um cigarro. OK os dias são sempre assim, então abro o jornal e vejo que 10 mil pessoas morreram no terremoto da China, em casa vejo na TV que um furacão matou 30 mil pessoas na Ásia, mas no outro dia vejo que esse número aumentou para 50 mil pessoas.Além da segunda guerra,o genocidio de Ruanda,o Tsunami etc.,O que eu faço? Nada. Continuo preocupado com o probleminha no trabalho, com a grana que preciso ter para ir na festa de sábado, também não acho que a gente deva sair por ai chorando desesperado pelas desgraças que estão acontecendo pelo mundo, mas se pararmos pra pensar no que realmente é grave nossa vida é a Disneylândia.
Para quem acessa com frequência internet, ou não muito longe disso, apenas assiste TV já sabe que existem casais que convidam outras pessoas para "apimentarem" a relação, ou crianças se prostituindo, se drogando nas ruas, a gente passa olha pro lado e finge que não vê. No Jornal mais um escândalo de corrupção, políticos roubando descaradamente o nosso dinheiro, isso mesmo o seu também afinal não é porque não somos magnatas que não pagamos impostos, e pagamos pra tudo, pra quê? Para que os filhos, esposas e amantes desses canalhas passem a semana na Itália, nas baladas da europa,gastando o nosso dinheiro como se fosse deles.
O poder comanda, manipula, corrompe, nos rouba, nos faz de gato e sapato e a nós como bons cidadãos achamos bonito votamos neles, acreditamos num futuro melhor, num mundo democrático e correto enquanto vivemos no país líder no ranking mundial de maior desigualdade social, o que é classe A para você?
Em recentes pesquisas foram apontados como classe A no Brasil pessoas com média salarial de R$ 10,000, agora se formos analisar quantas pessoas são classe B, C, D, E, F, G....Diriamos que no Brasil as classes socias podem chegar a Z. Se o trabalhador que ganha 10 mil é classe A como seria classificado então o ser que não ganha nada, que não tem água, luz, comida, não tem ninguém para defende-lo, para tentar fazer com que seu estado se livre da seca, da falta de tudo.
O que o artigo quinto da constituição prega? O que disso tudo é colocado em prática? Temos o direito a vida? NÃO!! Não temos, porque a qualquer momento podemos ser assassinados a troco de mixaria, isso acontece todos os dias. Um cangaceiro não é igual o Stallone ou esses caras dos filmes em que assassinos de aluguel ganham milhões, sabemos que tem gente que mata até mesmo por uma rodada de cervejas.
Onde tudo isso vai parar? Acho que não vai parar em lugar nenhum, já que eu mesmo não faço nada, o máximo que posso fazer é postar esse monte de revolta nesse blog que talvez apenas eu leia, que se dane! Pelo menos eu sei o que acontece e não consigo ficar quieto, dizem que os jornalistas tem o poder nas mãos, mas na prática o que acontece é o contrário, porque se vamos colocar no jornal algo que difame ou suje o nome de um político, descobrimos que esse cara é dono do jornal, ou é amigo íntimo do dono do jornal e ele jamais deixaria qualquer matéria ir ao ar, senão as cabeças rolam, e em tudo é assim não podemos mudar o mundo, não quero parecer pessimista mas definitivamente não mudaremos o mundo, podemos aderir a pequenas atitudes, gestos que em maioria possam trazer algo de positivo para a palavrinha de 3 letras que Jonh Lennon tanto aclamava.PAZ.
Por hoje não tenho mais nada a dizer, minha revolta se deu pelo fato de ver várias pessoas que eu gosto e admiro reclamarem de coisas tão banais, não vou aconselhar ninguém a nada , se quiserem me aconselhem prefiro ouvir ,mas vamos nos acostumando com tudo o que vier, sejam terremotos, maremotos, furacões, guerras, conflitos "territoriais", étnicos etc, etc e etc...
Como o JÔ fala diariamente em seu programa "Não me espanto com mais nada, se essa caneca hoje me falar bom dia JÔ,responderei Bom dia caneca!", ou como o radialista indignado com as loucuras do nosso mundo costuma dizer em seu programa:
O mundo já acabou, isso tudo é uma ilusão!!!

domingo, 11 de maio de 2008

Música é terapia?


Quem nunca colocou pra tocar aquele cd favorito num momento de estresse? Particularmente faço isso com muita frequência, dependendo do estado de espirito, esses dias mexendo no youtube procurava uma música do Mark Knopfler que eu não lembrava o nome, fui abrindo várias, escutava o inicio e pulava para outra. Até que encontrei, não é um clipe ou um show , mas as imagens colocadas deixaram a música melhor do que é, uma sonoridade única expressada pelo dom do mestre Mark Knopfler (ex Dire Straits).
Lembro que uma vez viajei de Florianópolis a Caxias do Sul e no carro estavam eu, uma tia, e uma cunhada dela que estava num estágio avançado de câncer, ela colocou um cd com umas músicas meio baixo astral, acho que para ela a música soava como esperança para continuar a lutar contra a doença.
Até hoje quando escuto The Long Road lembro dessa viagem. Para quem gosta de músicas de qualidade vale a pena conferir, com certeza é uma boa terapia.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

CICLONE DEIXA 42.119 DESAPARECIDOS


22.464 Mortos
42.119 Desaparecidos
De acordo com informações da ONU, nesta quarta (7), o ciclone Nargis deixou cerca de 1 milhão de desabrigados, até agora são 22.464 mortos e 42.119 desaparecidos.
As rajadas mais fortes chegaram a 240Km/h, a catástrofe trouxe estragos comparados ao Tsunami.Mianmar fica no sudeste da Ásia e no sul do país moram até mil pessoas por quilômetro quadrado.
Com tantas estradas alagadas, pontes quebradas está díficil a ajuda internacional chegar, o presidente norte americano George Bush pediu para que deixem os Estados Unidos ajudar,equipes da ONU ainda não conseguiram vistos de entrada. Depois do ciclone estão chegando a fome, a sede e as doenças. O sofrimento de um milhão de pessoas ainda está longe do fim.
Os ditadores militares que comandam o país há 20 anos pediram socorro ao mundo. Mas bloqueiam a chegada de equipes de ajuda humanitária.
o secretário-geral da ONU pede ao governo de Mianmar que responda ao movimento de assistência e solidariedade internacional facilitando ao máximo a chegada de voluntários e a autorização de entrada de material humanitário.

Opinião:

Terremotos, maremotos, ciclones...Isso tudo é um reflexo do que estamos fazendo para o planeta, destruindo a cada dia mais, não vamos nos admirar se dentro de pouco tempo essas catástrofes forem cada vez mais constantes no mundo, e um bom exemplo foi o terremoto aqui mesmo no Brasil no mês passado.
Que Deus ajude a todos os que estão sofrendo o resultado dessa tragédia e que o governo deixe de lado qualquer desavença com o restante do mundo e aceite ajuda, pois a ajuda humanitária poderia salvar muitas vidas.


A diplomata Shari Villarosa afirmou segundo fonte do governo de Mianmar, que também não identificou, "95% dos edifícios desapareceram" na área do delta.
Os números oficiais do governo de Mianmar:
Nargis deixou 22.980 mortos e 42.119 desaparecidos, assim como 1.383 feridos.

domingo, 4 de maio de 2008

O QUE É PUNK ROCK?


O punk não existe mais! Quando começou a febre CPM22 e a partir deles bandas como NX ZERO e mais uma penca de gente igual fazendo um som barulhento acompanhado de letras melosas o punk se perdeu, ao menos a identidade Punk no Brasil.
Quando assisti pela primeira vez SID E NANCY O AMOR MATA , conheci o que seria a essência do punk, não dava pra acreditar que existissem pessoas tão marginalizadas, mas com uma sonoridade que conseguia transmitir o porque estavam chegando.
Em Caxias do Sul existe até hoje alguns punks de raíz, tinha um cara lá muito rico que largou a familia e foi morar na rua, vendendo adesivos e fazendo protestos contra a invasão americana no país, coisas do tipo "Não coma Mcdonalds". Muitos gostaram da idéia e que eu me lembre há uns 10 anos esses mesmos punks permanecem com o mesmo ideal.
Não sou Punk mas acho que isso sim é uma tribo que segue alguma coisa, no caso dos punks a rebeldia é contra os costumes da sociedade, andarem sujos, com os cabelos espetados, de moicano se chutando em shows com as famosas rodas punk.
Um vídeo que retrata bem o sex pistols com certeza é Anarchy in the UK.

Outro clássico exemplo do Punk atitude é esse vídeo:

Nesse vídeo a música foi cantada por Sid Vicious, segundo baixista da banda, o mesmo cara aí morreu de overdose com 22 anos numa festa onde comemoravam a saída da prisão. Se alguém tiver mais interesse na história da banda achei um site com um texto pequeno mais bem objetivo:
http://whiplash.net/materias/biografias/038374-sexpistols.html
Ramones, New York Dolls, Clash,Damned,Siouxie and The Banshees, são outros exemplos de bandas punks.Quem nunca ouviu Pet Sematary:

No Brasil uma das bandas percursoras do Punk em 1980 foi Replicantes e Garotos podres, de Porto Alegre. Encontrei vários vídeos antigos dos Replicantes como Surfista calhorda, Festa Punk e Nicotina mas o que me chamou a atenção foram os mais recentes, neste um Vmb com Replicantes e Skank:

Em 1996 em Porto Alegre surge a Tequila Baby, punks inteligentes, graduados, com o diferencial qualidade sonora, com boas letras e participações de Mark Ramone(ex-baterista dos Ramones) e Daniel Ray (ex- produtor dos Ramones),às músicas não são mais como eram mas atraiu muita gente para shows, ainda mais a partir dp terceiro cd com a constante presença de Mark e Daniel.Na foto a seguir Marky é flagrado parecendo tomar chimarrão, embora a bomba esteja para fora da cuia:

BIENVINDO A RODA PUNK, TEQUILA + DANIEL RAY+ MARKY RAMONE:
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Além de tocar com Marky e Daniel a Tequila ficou famosa por suas própria canções muito tempo antes, aí segue o clipe de Melhor do que você pensa:

E pra para de falar de Tequila Baby a música que estourou os caras:


Bom posso não conhecer todas as bandas punks mas sei que isso que começou a aparecer na mídia como hardcore, punk , está longe de ser o que conheço por PUNK, pra terminar Sex Pistols com God save the Queen:

quinta-feira, 1 de maio de 2008

GRÊMIO X AJAX MUNDIAL INTERCLUBES 1995


O MELHOR TIME QUE EU JÁ VI JOGANDO ATÉ HOJE!
COMO FOMOS PERDER NOS PÊNALTIS?
GRÊMIO X AJAX MUNDIAL INTERCLUBES 1995
UM JOGO DE VIDA OU MORTE PARA O TIME DE FELIPÃO, FERIADO NO RIO GRANDE DO SUL, NADA ERA MAIS IMPORTANTE DO QUE O JOGO EM QUESTÃO...
MEU AMIGO JOSÉ COLORADO BATE NA PORTA DA MINHA CASA ÀS 07 DA MANHÃ, MUNIDO DE SUA CAMISA DO INTER, FILHO DA MÃE VEIO SECAR CONTRA O GRÊMIO.
PIOR NA CASA DE UM GREMISTA CHORÃO! INICIO DE JOGO O PAI DO MEU VIZINHO BATE NA PORTA CONVIDANDO PARA IRMOS ASSISTIR O JOGO NA CASA DELES , PELO MENOS O VINICIUS ERA GREMISTA, FICOU 2X2, EU E VINICIUS DISCUTINDO O JOGO TODO COM SEU PAI E JOSÉ (SECADORES), NAS DISCUSSÕES DEFENDIAMOS O MELHOR TIME DO MUNDO , ENQUANTO JOSÉ INSISTIA NA PORCARIA DO INTER..
BOM O RESULTADO FOI HORRÍVEL, CHOREI FEITO CRIANÇA ENQUANTO O IDIOTA TIRAVA SARRO, COMPRARAM DETERGENTES AJAX, E FORAM TODOS OS COLORADOS PRA AVENIDA COM SEUS VIDROS DE AJAX E CAMISETAS DE VIADOS.
DEIXA QUIETO, PELO MENOS O JOGO FOI MUITO BOM TIRANDO A PORCARIA DOS PÊNALTIS.

REVER ESSE JOGO NÃO É GOSTAR DE SOFRER E SIM REVIVER OS MELHORES MOMENTOS DO GRÊMIO:










AH SE TIVESSE A CHANCE DE UMA REVANCHE...