quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tragédias naturais soltas ao vento

Nesse dia o rio secou.
O mar enfureceu.
Soltaram balões no dia sem luz.
O soprar do vento é furacão.
O dia sem luz era igual.
Todos pareciam normais.
O carro passou barulhento.
O passo seguiu lento.
A marcha sem som dobrou a esquina.
Barulho de carro batendo e buzina.
Gritos de dor ecoaram na escuridão.
E o passo lento parou.
O sopro do furacão enfureceu o mar.
A água invadiu a cena.
Uma senhora rezou a novena.
O balão se perdeu no horizonte.
A passagem da água e do vento lavou a cidade sem sol.
A marcha sumiu.
O carro fugiu.
O céu se abriu.
O mar acalmou.
O vento soprou.
A cena do passo lento voltou vazia.
A dor na escuridão da voz que calou,
era um pranto de dor presságio de uma grande tragédia.
O carro correndo silenciou uma vida.
Abriu uma ferida na escuridão dos dias iguais.
O chão tremeu.
As casas cairam.
A marcha dobrou a esquina.
Desta vez o som de longe se ouvia.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa meu irmão que texto marcante, vc escreveu?? Muito legal! De impacto.